quarta-feira, 4 de agosto de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Segredos de Mark Millar

Será que existe um padrão nos quadrinhos do roteirista escocês favorito da Marvel? Veremos...



Procurado
O personagem principal quer fazer sexo e bater nas pessoas, mas não tem coragem. Só que aí ele descobre que é filho de um super assassino, capaz de acertar uma bala no traseiro de uma mosca. Uma coisa leva a outra e finalmente ele cai na porrada e transa com alguém.


Kick-Ass
O personagem principal é um adolescente, ou seja uma bomba de hormônios com muito tempo disponível. Um belo dia ele resolve colocar um uniforme para bater nos caras ruins e quem sabe transar com alguma garota. A coisa não funciona assim tão bem. Ele apanha mais do que bate e não consegue transar.


Supremos
Todos os personagens tem poderes, batem e transam. Menos o Dr. Bruce Banner. Mas, depois que ele se transforma em Hulk, finalmente consegue bater e comer alguém. (nos dois sentidos).

Agora resta ler com mais apuro os outros trabalhos do Millar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Yojou-han Shinwa Taikei



Quando se fala de cultura pop, o Japão parece deixar qualquer um no chinelo. Lá eles produzem tudo. Tudo! Para o bem, para o mal. Felizmente, por causa disso, você pode encontrar pérolas como Yojou-Han, que você nunca sonharia ver na televisão brasileira nem por uma eternidade. Aliás, muitas vezes tentar assistir qualquer programa de TV daqui parece levar uma eternidade.
Mas o momento não é para esculhambar os nossos queridos Globo, Record, Rede TV e companhia. Acabarei escrevendo um livro sobre tal assunto um dia. O negócio é falar sobre o Yohou-han, uma série japonesa de animação diferente de todas as outras.
A história da série é focado no "se eu tivesse feito aquilo...". Você vê o frustrado protagonista Watashi sempre em busca de sua vida universitária ideal; lê-se aqui popularidade, dinheiro e uma elegante mulher dona de longos cabelos escuros. Infelizmente, ao atingir o último ano ele percebe que possue apenas um pequeno quarto de tatami, um amor platônico por uma garota do curso de engenharia e uma vida social limitada por um único amigo, pregador de peças chamado Ozu, a quem ele culpa de tê-lo arrastado a uma vida insignificante. Perdido e se arrependendo das suas escolhas no primeiro dia da universidade, Watashi se pergunta o que teria acontecido se ele não tivesse se filiado ao clube de tenis, onde conheceu o seu único amigo e maior inimigo.
A partir daí, praticamente todos episódios mostram Watashi numa outra vida, partipando de um outro clube (cinema, ciclismo, leitura) em busca de um pouco de glória e romance para sempre acabar perdendo a oportunidade de perceber que tudo o que quer está bem a sua frente.
A história, apesar de parecer desconexa, no início, a cada episódio mostra-se mais conectada, revelando detalhes dos personagens secundários e das facetas do protagonista através de uma linguagem surreal e carregada pela narração em off de Watashi.
Agora, há um ponto negativo, principalmente para nós, não japoneses, presos ao cordão umbilcal das legendas(em inglês, ainda por cima). Yojou-han possui um ritmo frenético; o protagonista narra tudo como se tivesse vomitando suas reflexões. É uma luta impossível ler toda a legenda. Não dá. Jogue a toalha. A não ser que queira assistir em câmera lenta. Mas não se preocupe, embora a narração seja muito interessante, boa parte da locução de Watashi é cheia de exageros românticos sem muito conteúdo. Servem mais para dar um tom satírico as pretensões do herói.
Com somente 11 episódios, essa série soube aproveitar muito bem o seu formato e, para mim, conseguiu inovar no espaço televisivo, conhecido por trancar a criatividade dos artistas. Não consigo imaginar Yojou-han no cinema, por exemplo, ou até em quadrinhos. Tenho curiosidade sobre o livro homônimo, no qual a série se baseou, mas aí é quase impossível encontrar uma tradução.
Fica a dica, o link para download http://www.animetake.com/anime/yojouhan-shinwa-taikei/

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Durarara




Um garoto do interior que vai estudar na cidade a procura de uma nova vida, uma motoqueira sem cabeça que corre as rua fazendo entregas, um russo negro tentando vender sushi, disputas de gangue, um cara forte e irratadiço com mania de quebrar postes e assim vai. Durarara é uma verdadeira mistureba, assim como o dia-a-dia na cidade grande e no mundo das redes virtuais, os dois principais espaços onde a narrativa se desenvolve.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sobre identificação.

Tem sempre algum idiota que diz "eu não consigo me identificar com desenho animado." O que pra mim não faz muito sentido. Uma pessoa pode se identificar com uma árvore, se conseguir lhe atribuir algum significado. Porra, uma pessoa pode se identificar com participantes de Big Brother! A criação de vínculo pra mim entre espectador e uma arte independe do realismo apresentado, porque nós estamos sempre transformando tudo em símbolos. Nós vivemos a ficção que criamos a todo momento.

Sobre Guerra ao Terror.

Dos concorrentes ao Oscar, é o que tem menos mulher pelada. Pelo menos no distrito 9 rola sexo inter-espécies.

sábado, 6 de março de 2010

Amazing Spider-man 578



Essa revista é muito boa. Recomendo para quem quiser baixá-la ou procurar em banca. Nela tem tudo o que eu mais gosto numa história do Cabeça de Teia, que é vê-lo tendo que se virar entre um super-vilão, policiais afoitos, pessoas pedindo socorro, compromissos com a tia May, tudo isso enquanto tem que inventar piadinhas espirituosas. É muito divertido. Aquele tipo de velha história que a gente nunca se cansa de ter por perto. E atenção: aparece o pai do J. Jonah Jameson. O JJJ original. E não, ele não está vivo através de aparelhos e nem tomou o soro do super soldado para evitar o envelhecimento.


O desenhista Marcos Martin também é foda com seu estilo retrô e narrativa fluida.


Amor sem escalas



O que eu acho legal no Amor sem escalas é que ele te faz cair na comédia romântica pra depois te jogar na lama e mostrar que é melhor estar livre de relacionamentos. Não chega a ser um filme excepcional, mas é perspicaz
Na história, George Clooney é o típico solteirão esperto, que passa mais dias voando de cidade em cidade para demitir pessoas do que em “casa”. A filosofia do cara é sempre estar livre de qualquer bagagem, seja de coisas ou de relacionamentos, assim você está livre para ir a qualquer lugar. E a idéia do roteiro é colocá-lo em choque com a expectativa de uma vida corriqueira e familar.
Tem uma estrutura que eles fizeram de pontuar a narrativa com depoimentos, num estilo meio falso documentário, de pessoas que foram demitidas e como elas lidam com isso. A cada momento isso assumiria um aspecto diferente, as vezes cômico, as vezes dramático e, no final, há uma certa idéia de superação e renovação. Há também as palestras de motivação que o George Clooney dá e que se repetem, mas sempre assumindo um certo novo sentimento. São coisas interessantes.
Fico meio em dúvida alongar e ser chato, por isso termino por aqui. Só umas coisas, a edição de abertura é bem legal, assim como os planos gerais dos aeroportos. Ficaram bonitos.

Educação



Não é que Educação seja ruim. Não é não. Mas acontece que a história é muito simples, como se tivesse seguido a risca um manual de roteiro.
Jenny, uma jovem inglesa, quer soltar a franga em Paris. O pai de Jenny quer que a filha fique sentada em casa estudando para que possa entrar em Oxford. Para Jenny, então, a única possibilidade de soltar a franga é depois de passar na universidade. Pois bem, eis que as mãos do roteirista colocam David em seu caminho. Ele é um cara charmoso, freqüentador de Paris, conhecedor de bons vinhos, fã dos melhores cantores, aparentemente rico e - o principal - nunca foi à universidade.
É aí então que a jovem literalmente pega uma carona para a via expressa mais rápido ao luxo e o glamour. Tudo que precisava fazer era topar sair com o gatão de meia idade. O problema, logo ela descobre, é que o cara é um safado. Sua vida de curtição é financiada por roubos de obras de arte e outros negócios ilícitos. Mas, poxa, ninguém é perfeito e não vamos perder a viagem para Paris. No final das contas, a garota aceita o pedido de casamento e abandona os estudos, somente para descobrir mais tarde que David é casado.
A resolução é a pior parte do filme, pois é quase um clipe. Primeiro você vê Jenny pedindo desculpa a sua diretora e professora, seguido de uma seqüência de imagens dela lendo livros e se preparando para o “vestibular”. Logo, logo, ela recebe uma carta em casa dizendo que passou no vestibular. Corta e aparece ela na faculdade, com uma narração em off da própria, explicando como é a sua vida agora.
Atenção: Em cinema não se explica, mostra ou não mostra!
O filme ficou marcado para mim pela falta de ousadia . Porém, há bons diálogos (garantia de Nick Hornby), boas atuações e ótimo trabalho na direção de arte.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Esse blog copia notícias de blogs brasileiros, que por sua vez copiam notícias de sites gringos.

É o círculo vicioso da falta de criatividade. haha Se bem que não é exatamente um círculo... a não ser que alguém me copie e essa pessoa seja copiada por um site gringo, que só muda os nomes das coisas para parecer algo novo. Talvez seja só uma pirâmide da falta de criatividade.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Oscar: Curtas de Animação parte IIII

Em sequência, os traillers das animações Wallace & Gromit e Logorama:





Em vez de deixar os apresentadores fazendo piadas ruins e dançando, podiam passar os curtas na cerimônia do Óscar. Seria mais divertido.

Oscar: Curtas de Animação parte III

Um médico pop star e A Morte, em pessoa, brigam pela vida de uma velhinha. Um menage à tròis que você só vê na seção bizarros de sites pornôs. Com vocês, La Dama e La Muerte:

La dama y la muerte de Javier Recio from Ventana Indiscreta on Vimeo.


É interessante ver como essas animações conseguem caracterizar tão rápido e tão bem as personagens. Uma mão acariciando uma foto junto a uma música romântica, um médico de topete rodeado por enfermeiras pin-ups e, bem, um caveira com foice... Você já sabe tudo que precisa saber sobre eles e está pronto para diversão. Agora, apesar de ser ótimo e tudo mais, esse curta me lembra algumas animações envolvendo pessoas que tentam enganar a morte. Parece algo já meio repetitivo, não?

Oscar: Curtas de Animação parte II

Esse curta é o que tem a computação gráfica mais simples, embora com certeza tenha a personagem mais legal de todos: Granny O'l Grimm, a velhinha com sotaque engraçado que adora aterrorizar o neto. Veja e preste atenção na singela trilha cantada pela vovózinha no final:



Cliquem na imagem para assistir no youtube em qualidade melhor.

Oscar: Curtas de Animação parte I

Já estão na internet alguns dos indicados para a premiação. Veja aqui o bem feitíssimo curta French Roast, com designs de Nicolas Marlet (o cara que cuidou da arte dos personagens de Kung Fu Panda):



Gostei de como conseguiram trabalhar bem as cenas, que são praticamente todas de câmera parada com enquadramento fixo. Há sempre alguma coisa acontecendo no fundo do quadro(e fora de quadro), mantendo a nossa atenção e transformando a cena. Além de história e narrativa perspicazes , o character desing e os gráficos são os melhores da competição. O meu palpite é o de que French Roast seja o grande ganhador.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Se beber, não se case



Você com certeza já deve ter visto numa dessas séries de comédia americana tipo Simpsons, Friends etc. algum episódio onde as pessoas vão para Las Vegas e as coisas saem de controle, com as elas se vendo ou casadas ou falidas no dia seguinte. Se beber, não case é exatamente isso. Não espere nada de novo. Um grupo de caras, um doido, um malandro e um certinho acabam perdendo o noivo em Las Vegas após uma despedida de solteiro da qual não se lembram de nada.

Agora, não pense que é um filme chato por causa disso. É um filme muito divertido e na medida do possível consegue surpreender com boas piadas e acontecimentos malucos, como encontrar um asiático pelado maluco no porta-malas ou se deparar com o Mike Tyson ouvindo música na sua suíte em Las Vegas. (o tigre e a galinha do poster são só o começo das maluquices)

E acho que o grande culpado da graça é o ator
Zach Galifianakis, que interpreta o cara doido e barbudo. Ele faz piada com o 11 de setembro, sacaneia um bebê, dá um chute no celular de uma criança e, pô, olha para o indivíduo, o próprio jeito dele dá vontade de rir.

Se beber, não case é um filme muito divertido entre um monte de besteiróis com piadas para pré-adolescentes ou comédias sensíveis que as vezes torram o saco. Provando que a primeira coisa que um filme de comédia tem que ser é engraçado. Espero ver mais filme desse pessoal.